A Pequena Sereia é um filme de animação produzido pela Walt Disney Feature Animation e lançado em 14 de novembro de 1989 pela Walt Disney Pictures. O vigésimo oitavo filme animado da Disney é baseado no conto de fadas de Hans Christian Andersen. O filme arrecadou mais de US $ 111 milhões nos EUA e um adicional de US $ 99 milhões em todo o mundo, e é dado o crédito como parte da volta da animação no cinema, depois de uma série de falhas e críticas que começaram no início de 1980.
Uma adaptação em teatro do filme com algumas diferenças foi feita na Broadway em 2007 ou no início de 2008, e terminou em 30 de agosto de 2009.
Ariel, a adorável e curiosa jovem sereia, se envolve em uma incrível aventura com Linguado, seu melhor amigo, e com Sebastião, o caranguejo caribenho cantor de reggae. Mas ela vai precisar de muita coragem e determinação para realizar seus sonho de ser humana, se casar com o príncipe Eric e salvar o amado reino de seu pai da terrível bruxa Úrsula.
Produção[]
Desenvolvimento da história[]
A Pequena Sereia foi originalmente planejado como parte de um dos primeiros filmes de Walt Disney, uma proposta de filme pacote com vinhetas dos contos de Hans Christian Andersen. O desenvolvimento começou logo após Branca de Neve e os Sete Anões no final dos anos 1930, mas foi colocada em espera devido a várias circunstâncias.
Em 1985, o co-diretor de O Ratinho Detetive, Ron Clements, descobriu uma coleção de contos de fadas de Andersen enquanto procurava por livros em uma livraria. Ele apresentou um projeto de duas páginas de um filme baseado em "A Pequena Sereia" para Michael Eisner e para o presidente da Walt Disney Studios, Jeffrey Katzenberg, como uma sugestão para um filme. Eisner e Katzenberg deixaram o projeto engavetado, porque naquela época o estúdio estava desenvolvendo o filme Splash - Uma Sereia em Minha Vida. No dia seguinte, no entanto, Katzenberg deu sinal verde para a idéia de desenvolvimento, junto com a Oliver & Company.
Naquele ano, Clements e John Musker expandiram a idéia de duas páginas em um roteiro de 20 páginas áspero, eliminando o papel da avó da sereia e ampliando as aparições do Rei Tritão e de Úrsula. No entanto, os planos do filme foram momentaneamente arquivados pela Disney, que se centrou na produção de Uma Cilada para Roger Rabbit.
Em 1987, o compositor Howard Ashman foi contratado para escrever músicas e partes da história do filme. Ele propôs mudar o personagem Clarence, o caranguejo inglês-mordomo, de um caranguejo jamaicano rastafari e mudando o estilo de música ao longo do filme para refletir nisso. Ao mesmo tempo, Katzenberg, Clements, Musker e Ashman começaram a rever o formato de história para fazer do filme um musical com uma estrutura de história no estilo da Broadway. Ashman e o compositor Alan Menken, conhecido por seus trabalhos na Broadway, se uniram para compor a trilha sonora completa. Em 1988, o filme foi escalado para ser o próximo da Disney.
Animação[]
Este foi o último filme da Disney a usar células pintadas a mão e câmera análoga. Mais de 1000 cores foram utilizadas em mais de 1100 cenários. Mais de um milhão de desenhos foram feitos ao todo. Ainda assim, a caráter de testes, algumas sequências utilizaram o CAPS (processo de pintura automático): A cena final, do casamento de Ariel, e o momento em que ela desce a escadaria do palácio de Eric.
Um desafio para a equipe era que A Pequena Sereia era o animado do estúdio a requisitar mais efeitos especiais desde Fantasia(1940). A sequência da tempestade em alto-mar levou mais de um ano para ser concluída, usando mais de 10 tipos de efeitos diferentes, e mais de um milhão de bolhas foram desenhadas á mão para as cenas no fundo do mar.
As cenas que utilizavam o recurso da câmera multi-plano, criada por Walt Disney nos anos 1930, tiveram que ser tercerizadas, pois a máquina estava em péssimo estado de conservação.
Curiosidades[]
O filme marca o início da fase renascentista da Disney. É o primeiro filme do estúdio, desde A Bela Adormecida (1959), a ser baseado num conto de fadas.
Na história de Hans Christian Andersen, a sereiazinha protagonista não tem nome específico. O nome Ariel é também o nome de um dos arcanjos.
No conto a sereia não quer virar humana para se casar com o príncipe, mas sim para ter um espírito humano e não desaparecer quando morresse. O casamento com o príncipe era apenas uma condição para que ela validasse seu contrato com a bruxa do mar (que na história original também não tinha nome).
O visual do Rei Tritão lembra o do deus Netuno (ou Poseidon), da mitologia greco-romana.
No conto original, a sereia se suicida no final e o príncipe se casa com outra mulher.
Não é a primeira animação da Disney a ter sereias como personagens. O primeiro foi Peter Pan (1953).
O roteiro do filme é um tanto quanto parecido com o de Splash: Uma Sereia em Minha Vida, que também fora produzido pela Disney no estúdio subsidiário Touchstone Pictures. Em ambos os filmes, uma sereia salva um homem humano de um naufrágio e depois consegue ir à terra para se aproximar dele.